Completou-se recentemente o primeiro aniversário deste mandato autárquico, momento aproveitado pela Câmara e pelo partido maioritário no executivo, o PS, para fazer um balanço trabalho realizado.
Questionei-me se devia também, na qualidade de director deste jornal local, fazer um balanço apreciativo do trabalho realizado pela autarquia. Confesso que hesitei antes de começar este editorial, simplesmente porque sei que qualquer opinião por mim vertida será alvo de comentários depreciativos de um lado ou de outro da barricada, consoante o tom elogioso ou crítico do trabalho desenvolvido pela edilidade liderada por Armindo Abreu. Acresce que, como jornalista, passe a imodéstia, terei porventura um olhar incisivo e imparcial sobre o que se vai passando neste concelho, tendo também em conta que conheço razoavelmente a realidade de municípios vizinhos, o que facilitará as sempre inevitáveis comparações. Feitos estes considerandos que considero enquadradores do que pretendo explanar, vou então partir para um comentário sucinto deste primeiro ano de mandato.
Assumo, sem tibiezas, que faço um balanço manifestamente positivo do trabalho realizado. E explico porquê: O
Viveram-se então momentos que não dignificaram o órgão Câmara Municipal. As discussões em tom inusitado travadas entre
Ao mesmo tempo, também se sentia o desconforto do PSD, mal recomposto de uma grande derrota eleitoral. Aqui ou ali percebia-se que os sociais-democratas se mostravam permeáveis à demagogia das propostas do movimento Amar Amarante, não resistindo os laranjas à tentação de embarcar nas posições da outra força da oposição e assim criar desconforto na força que tinha ganho as eleições. Conseguia-se assim, de forma artificial, com a maioria contra natura formada pela oposição, subverter aquela que tinha sido a vontade dos amarantinos, que tinham escolhido, de forma inequívoca, o PS
Foram meses difíceis para Armindo Abreu. O presidente nunca vacilou, mantendo-se hirto na defesa dos seus princípios e do programa que propôs ao eleitorado. Ora sereno, ora mais crispado na defesa dos seus argumentos, mas sempre coerente,
Sobretudo por isso faço uma apreciação positiva do primeiro ano do mandato, que há-de ficar como uma manifestação inequívoca de que, independentemente dos engulhos que se colocam no nosso caminho, vale a pena lutar pelos princípios em que acreditamos.
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