Quase todos os anos, em Junho, costumo passar uns dias de férias no Algarve. Este ano aconteceu algo que acabou por fugir ao habitual. Reporto-me às condições climatéricas com que efectuei a viagem de automóvel até ao Sul do país. Nunca, nesta altura do ano, o tinha feito sob chuva tão intensa, que me acompanhou até à zona de Santarém. Só muito perto do Algarve o sol despontou por entre as nuvens. A viagem tornou-se muito mais cansativa, atendendo à velocidade reduzida e à atenção redobrada a que me vi obrigado. Este desinteressante intróito vem a propósito de uma reflexão que me proponho fazer a propósito das alterações climáticas que todos vamos observando. As nossas gerações apercebem-se que o tempo está a mudar. Os mais velhos fazem frequentes observações no sentido de que antigamente o tempo era mais previsível, consoante as estações do ano. Eu próprio tenho essa sensação, recordando a infância e o tempo que então se fazia sentir nas diferentes estações.
Os técnicos da meteorologia são muitas vezes convidados pelos “media” a comentar situações aparentemente anormais do estado do tempo: quando faz muito frio, muito calor, chove demasiado ou enfrentamos períodos estivais demasiado longos. Quase sempre vão dizendo que estas fases ditas anormais acabam por não ser tão anómalas, se vistas num quadro mais alargado de tempo - décadas ou até séculos -, adiantando dados estatísticos que sustentam as suas teses. No entanto, vai havendo outros técnicos, de várias especialidades científicas, que defendem que as alterações climáticas que vamos sentindo não são virtuais, existem mesmo e têm dados que as comprovam, sobretudo o aumento da temperatura média do planeta, que tem consequências enormes no clima e no despoletar de situações climatéricas extremas, como períodos muito longos de seca em determinadas zonas do globo onde não eram habituais, ou chuvas intensas noutras zonas do planeta até há pouco nada propensas a esses fenómenos meteorológicos, já para não falar da quantidade inusitada de grandes furacões que vão fustigando vários países.
A comunidade científica há muito que alerta o mundo para as loucuras que continuamos a praticar, enviando para a nossa atmosfera milhões de toneladas de gases poluentes que acentuam o efeito de estufa e assim provocam o aumento gradual da temperatura. Todos os anos são tornados públicos dados que comprovam o progressivo desaparecimento das grandes massas geladas do planeta, nos dois pólos, o que vai aumentando o nível médio dos oceanos. De tal forma assim é que muitas zonas costeiras em todo o mundo estão em risco de desaparecer, o que já está a ocorrer com algumas ilhas do Pacífico e do Índico. A subida das águas, dizem os entendidos, explica em parte as alterações climáticas, uma vez que alteram o equilíbrio entre as massas de ar da nossa atmosfera.
Todos vamos ouvindo e lendo este tipo de informações. Sabemos que somos também culpados e claro que ficamos apreensivos. Porém, independentemente daquilo que, a título individual, poderemos fazer para ajudar o planeta, ficamos com a sensação de que o que há a fazer depende essencialmente de decisões urgentes a tomar pelos governantes do mundo, sobretudo pelos estadistas dos países ditos industrializados, os que são responsáveis pela emissão de maiores quantidades de gases poluentes. Alguma coisa se tem feito para tentar controlar a poluição, impondo quotas de poluição aos países, pelo menos os que têm subscrito acordos internacionais. Algumas nações, sobretudo europeias, têm feito progressos significativos a esse nível, apostando em fontes de energia renováveis e não poluentes, como a energia das marés, o aproveitamento biomassa ou a fonte eólica. Pena é que o maior poluidor do mundo se mantenha à margem deste esforço. Os Estados Unidos da América têm-se recusado a assumir compromissos com a comunidade internacional no sentido de reduzirem as suas emissões. É mais um gesto egoísta de uma grande potência que está mais preocupada em continuar a sustentar a sua máquina industrial muito assente nas fontes de energia poluentes como o petróleo ou o carvão e um modo de vida que cultiva um consumismo desenfreado.
Enquanto os EUA e outros grandes poluidores como a Índia ou a China não arrepiarem caminho nesta importante matéria, o nosso planeta vai ficando mais sujo e o clima vai deixando de ser aquilo que era…
Os técnicos da meteorologia são muitas vezes convidados pelos “media” a comentar situações aparentemente anormais do estado do tempo: quando faz muito frio, muito calor, chove demasiado ou enfrentamos períodos estivais demasiado longos. Quase sempre vão dizendo que estas fases ditas anormais acabam por não ser tão anómalas, se vistas num quadro mais alargado de tempo - décadas ou até séculos -, adiantando dados estatísticos que sustentam as suas teses. No entanto, vai havendo outros técnicos, de várias especialidades científicas, que defendem que as alterações climáticas que vamos sentindo não são virtuais, existem mesmo e têm dados que as comprovam, sobretudo o aumento da temperatura média do planeta, que tem consequências enormes no clima e no despoletar de situações climatéricas extremas, como períodos muito longos de seca em determinadas zonas do globo onde não eram habituais, ou chuvas intensas noutras zonas do planeta até há pouco nada propensas a esses fenómenos meteorológicos, já para não falar da quantidade inusitada de grandes furacões que vão fustigando vários países.
A comunidade científica há muito que alerta o mundo para as loucuras que continuamos a praticar, enviando para a nossa atmosfera milhões de toneladas de gases poluentes que acentuam o efeito de estufa e assim provocam o aumento gradual da temperatura. Todos os anos são tornados públicos dados que comprovam o progressivo desaparecimento das grandes massas geladas do planeta, nos dois pólos, o que vai aumentando o nível médio dos oceanos. De tal forma assim é que muitas zonas costeiras em todo o mundo estão em risco de desaparecer, o que já está a ocorrer com algumas ilhas do Pacífico e do Índico. A subida das águas, dizem os entendidos, explica em parte as alterações climáticas, uma vez que alteram o equilíbrio entre as massas de ar da nossa atmosfera.
Todos vamos ouvindo e lendo este tipo de informações. Sabemos que somos também culpados e claro que ficamos apreensivos. Porém, independentemente daquilo que, a título individual, poderemos fazer para ajudar o planeta, ficamos com a sensação de que o que há a fazer depende essencialmente de decisões urgentes a tomar pelos governantes do mundo, sobretudo pelos estadistas dos países ditos industrializados, os que são responsáveis pela emissão de maiores quantidades de gases poluentes. Alguma coisa se tem feito para tentar controlar a poluição, impondo quotas de poluição aos países, pelo menos os que têm subscrito acordos internacionais. Algumas nações, sobretudo europeias, têm feito progressos significativos a esse nível, apostando em fontes de energia renováveis e não poluentes, como a energia das marés, o aproveitamento biomassa ou a fonte eólica. Pena é que o maior poluidor do mundo se mantenha à margem deste esforço. Os Estados Unidos da América têm-se recusado a assumir compromissos com a comunidade internacional no sentido de reduzirem as suas emissões. É mais um gesto egoísta de uma grande potência que está mais preocupada em continuar a sustentar a sua máquina industrial muito assente nas fontes de energia poluentes como o petróleo ou o carvão e um modo de vida que cultiva um consumismo desenfreado.
Enquanto os EUA e outros grandes poluidores como a Índia ou a China não arrepiarem caminho nesta importante matéria, o nosso planeta vai ficando mais sujo e o clima vai deixando de ser aquilo que era…
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