Haverá em Amarante, por estes dias, razões para satisfação em Amarante? Têm sido meses de turbilhão na saúde, sobretudo com as polémicas decisões da tutela que têm retirado valências ao hospital de S. Gonçalo, mas a recente vinda do ministro Correia de Campos a terras de Pascoaes traduziu-se numa prenda para todos os amarantinos, sobretudo para o presidente da Câmara.
O anúncio de construção de um novo hospital e os elogios do ministro ao líder da edilidade constituíram uma das maiores vitórias de sempre de Armindo Abreu, que terá vivido na segunda-feira passada uma página inolvidável.
Recorde-se que o ministro foi eloquente quando afirmou, perante uma vasta plateia que enchia o auditório do hospital, que a decisão política de construção do novo equipamento também se deveu à “postura serena” que Armindo Abreu adoptou nos últimos meses, sobretudo a “forma dialogante” que sempre teve com o Governo no polémico processo de encerramento da maternidade. Essa postura terá sensibilizado o ministro… Direi que Armindo Abreu terá jogado nos últimos tempos algum capital do seu futuro político. Fez uma aposta que considerei arriscada, quando acabou por contrariar a opinião pública concelhia ao não defender de forma inequívoca a continuidade da maternidade. Já escrevi em editorial que se as coisas tivesses evoluído em sentido diferente, isto é, se o governo não tivesse avançado com esta contrapartida do novo hospital, tudo poderia ficar complicado para o presidente da Câmara e para o PS. Estes, com certeza, iriam ser responsabilizados nas próximas eleições autárquicas, pelos seus adversários, pela perda de valências do hospital. Mas, pelo que segunda-feira se ouviu da boca do ministro, Amarante vai ter mesmo um novo hospital e, assim sendo, Armindo Abreu só deve ter razões para sorrir, conquistando um trunfo político que poderá ser determinante dentro de três anos quando os amarantinos forem chamados a votar. A esta vitória a toda a linha de Armindo Abreu não deve estar alheia a experiência e intuição política do autarca, sobretudo a forma como, em tempo útil, soube ler a realidade nas entrelinhas. Nas conversas que teve com quem de direito neste processo, o autarca terá percebido que era muito difícil pôr travão à determinação do ministro quando este, escudado num discurso intransigente, decidiu encerrar a maternidade. Terá percebido Armindo Abreu que a popularidade que uma postura diferente lhe poderia valer em Amarante redundaria num diálogo de surdos com o Governo, com evidentes prejuízos para o futuro do hospital de S. Gonçalo, cuja continuidade sairia comprometida. Nem todos concordarão com esta visão, mas há que reconhecer que foi a estratégia que vingou, com inequívocas mais-valias para Amarante.
Mas, em minha opinião, haverá outro factor que poderá ter pesado nesta decisão do governo. O PS nacional e distrital está muito grato a Armindo Abreu pela vitória que conseguiu no ano passado, naquelas que foram as mais mediáticas eleições alguma vez realizadas em Amarante. Note-se que foi o único que conseguiu vencer os chamados candidatos arguidos e esse desiderato granjeou a Armindo Abreu um capital político sem precedentes no seio do PS. Sei que Armindo Abreu é ainda hoje saudado de forma efusiva quando se encontra com camaradas do partido em iniciativas de âmbito distrital e nacional. O presidente da Câmara potenciou agora esse trunfo para, numa conjuntura adversa, conseguir convencer a tutela a dar luz verde a uma obra que vinha a ser prometida por sucessivos governos e que muitos amarantinos já consideravam uma autêntica utopia.
2- Também por estes dias Amarante tem razões para estar satisfeito com outro dado recente. O semanário Expresso escolheu a nossa cidade com a que melhores espaços verdes tem no país. Amarante também ficou muito bem classificado noutros indicadores, como a preservação do património, relação com a água e paisagem, segurança, restauração, equipamentos desportivos, sinalética e qualidade dos espaços públicos. Estes dados só reforçam o que tenho defendido, isto é, que os amarantinos têm muitas razões para ter orgulho na sua cidade. Esta não é perfeita, mas as suas qualidades não merecem os comentários menos abonatórios que alguns dos seus filhos menos informados insistem verberar.
O anúncio de construção de um novo hospital e os elogios do ministro ao líder da edilidade constituíram uma das maiores vitórias de sempre de Armindo Abreu, que terá vivido na segunda-feira passada uma página inolvidável.
Recorde-se que o ministro foi eloquente quando afirmou, perante uma vasta plateia que enchia o auditório do hospital, que a decisão política de construção do novo equipamento também se deveu à “postura serena” que Armindo Abreu adoptou nos últimos meses, sobretudo a “forma dialogante” que sempre teve com o Governo no polémico processo de encerramento da maternidade. Essa postura terá sensibilizado o ministro… Direi que Armindo Abreu terá jogado nos últimos tempos algum capital do seu futuro político. Fez uma aposta que considerei arriscada, quando acabou por contrariar a opinião pública concelhia ao não defender de forma inequívoca a continuidade da maternidade. Já escrevi em editorial que se as coisas tivesses evoluído em sentido diferente, isto é, se o governo não tivesse avançado com esta contrapartida do novo hospital, tudo poderia ficar complicado para o presidente da Câmara e para o PS. Estes, com certeza, iriam ser responsabilizados nas próximas eleições autárquicas, pelos seus adversários, pela perda de valências do hospital. Mas, pelo que segunda-feira se ouviu da boca do ministro, Amarante vai ter mesmo um novo hospital e, assim sendo, Armindo Abreu só deve ter razões para sorrir, conquistando um trunfo político que poderá ser determinante dentro de três anos quando os amarantinos forem chamados a votar. A esta vitória a toda a linha de Armindo Abreu não deve estar alheia a experiência e intuição política do autarca, sobretudo a forma como, em tempo útil, soube ler a realidade nas entrelinhas. Nas conversas que teve com quem de direito neste processo, o autarca terá percebido que era muito difícil pôr travão à determinação do ministro quando este, escudado num discurso intransigente, decidiu encerrar a maternidade. Terá percebido Armindo Abreu que a popularidade que uma postura diferente lhe poderia valer em Amarante redundaria num diálogo de surdos com o Governo, com evidentes prejuízos para o futuro do hospital de S. Gonçalo, cuja continuidade sairia comprometida. Nem todos concordarão com esta visão, mas há que reconhecer que foi a estratégia que vingou, com inequívocas mais-valias para Amarante.
Mas, em minha opinião, haverá outro factor que poderá ter pesado nesta decisão do governo. O PS nacional e distrital está muito grato a Armindo Abreu pela vitória que conseguiu no ano passado, naquelas que foram as mais mediáticas eleições alguma vez realizadas em Amarante. Note-se que foi o único que conseguiu vencer os chamados candidatos arguidos e esse desiderato granjeou a Armindo Abreu um capital político sem precedentes no seio do PS. Sei que Armindo Abreu é ainda hoje saudado de forma efusiva quando se encontra com camaradas do partido em iniciativas de âmbito distrital e nacional. O presidente da Câmara potenciou agora esse trunfo para, numa conjuntura adversa, conseguir convencer a tutela a dar luz verde a uma obra que vinha a ser prometida por sucessivos governos e que muitos amarantinos já consideravam uma autêntica utopia.
2- Também por estes dias Amarante tem razões para estar satisfeito com outro dado recente. O semanário Expresso escolheu a nossa cidade com a que melhores espaços verdes tem no país. Amarante também ficou muito bem classificado noutros indicadores, como a preservação do património, relação com a água e paisagem, segurança, restauração, equipamentos desportivos, sinalética e qualidade dos espaços públicos. Estes dados só reforçam o que tenho defendido, isto é, que os amarantinos têm muitas razões para ter orgulho na sua cidade. Esta não é perfeita, mas as suas qualidades não merecem os comentários menos abonatórios que alguns dos seus filhos menos informados insistem verberar.
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