Desta feita fi-lo na minha dupla qualidade de jornalista e de amigo do antigo presidente da Câmara de Felgueiras.
Tenho por Júlio Faria uma enorme estima e consideração pessoal, porque sempre foi um homem com quem foi possível ter uma relação de enorme respeito recíproco. Não era em vão que em tempos escrevia que Júlio Faria era o “Senhor do Vale do Sousa”. Ainda hoje, quando o cumprimento, o trato por "presidente".
Conheço Júlio Faria desde 1992, quando eu iniciava a minha carreira profissional, então numa rápida passagem pela Rádio Felgueiras. Lembro-me até da primeira vez que falei com o então presidente da Câmara, que me recebeu no seu gabinete com uma cortesia que me sensibilizou e aliviou a timidez de quem dava os primeiros passos na profissão.
Desde então, foi possível estabelecer uma forte relação que resistiu a momentos de alguma crispação decorrentes de apontamentos jornalísticos que realizei, mas que o homem Júlio Faria sempre soube compreender, respeitando a minha independência profissional.
Ontem, no tribunal, apreciei a forma elevada, serena e nobre como Júlio Faria respondeu às perguntas do juiz presidente e do procurador. Júlio Faria exteriorizou ao tribunal a mágoa que sente por, ao fim de tantos anos ao serviço da coisa pública, o seu nome ter sido enxovalhado na praça pública.
Também fico incomodado quando oiço pessoas falarem mal de um homem com a estatura de Júlio Faria.
Se é inocente ou culpado dos crimes de que está acusado, cabe ao tribunal apurar e só há que confiar na justiça. Mas, nunca tanto como no caso de Júlio Faria, quero lembrar que todos os arguidos gozam da presunção de inocência.
Faço votos para que o homem e o amigo Júlio Faria ultrapassem rapidamente este período menos bom da sua vida, para que possa continuar a fazer jus ao título que um dia, humildemente, em sentido figurado, lhe atribui: "O senhor do Vale do Sousa".
Sem comentários:
Enviar um comentário