terça-feira, 10 de abril de 2007

> Páscoa no Entre-Douro e Minho


Honrando uma tradição de tempos imemoriais, os lares da nossa região voltaram a abrir-se para receber a Visita Pascal, conhecida como Compasso.
Um pouco por todo o lado, a população católica acolheu nos seus lares quem vinha anunciar a ressurreição de Cristo.
É nas aldeias mais recônditas que esta manifestação mais mobiliza a população. Muitos lugares enchem-se de gente, também à custa muitos emigrantes que por esta altura regressam à terra para partilhar com familiares esta festa de família.
Em alguns pontos do Entre-Douro e Minho, o pároco ainda preside ao compasso, mas nos meios mais urbanos, com um maior número de habitantes, os párocos têm de recorrer a leigos para manter este ritual da visita pascal.
Todos sabemos que o compasso é um costume muito enraizado no norte de Portugal.
Um pouco por todo o lado, um grupo de pessoas, vestido com trajes festivos, parte da sua igreja paroquial. Transporta a Cruz enfeitada, levando-a aos lares católicos, onde anuncia a Ressurreição de Cristo e abençoa todas as casas.
Manda a tradição que sejam tocadas campainhas que anunciam o compasso. Em alguns lugares, ainda se vêem tapetes de flores pelas ruas e caminhos serpenteantes.
Mas não há domingo de Páscoa sem o som dos foguetes. Um pouco por todo o lado ecoam nas serranias do Entre-Douro e Minho, anunciando o júbilo das nossas por mais uma Páscoa festiva.
Geralmente, cada Compasso é constituído por quatro pessoas com mais de 16 anos de idade: um é o chefe da Equipa, outro leva a Cruz, outro a campainha e o outro recebe as ofertas.
O chefe da chefe da equipa faz o anúncio pascal, seguindo o guião que se encontra no verso da pequeno papelinho, que depois oferece à família.

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